quarta-feira, 29 de abril de 2009

Emily Dickinson


Not In Vain

If I can stop one heart from breaking,
I shall not live in vain;
If I can ease one life the aching,
Or cool one pain,
Or help one fainting robin
Unto his nest again,
I shall not live in vain
.
Emily Dickinson


Love is anterior to life
Love is anterior to life,
Posterior to death,
Initial of creation, and
The exponent of breath.
Emily Dickinson



sábado, 25 de abril de 2009

Azul de Liberdade




Era assim na sua casa das Mónicas em Lisboa, nesse tempo antes da revolução que Sophia celebrava e esperava a Liberdade, junto de poetas, pintores, figuras da oposição, que entravam às horas mais bizarras, recitavam-se poemas, conversava-se madrugada fora, contra as horas obscuras da ditadura. E no centro de tudo, Sophia, esperava "o dia inteiro e limpo", que havia de vir.


E veio. E no primeiro 1º de Maio que os portugueses puderam celebrar juntos como nunca em liberdade, Sophia disse: "A poesia está na rua".

Celebrando o dia da Liberdade, lamento profundamente as trevas que nos tolhem a esperança, nos confinam à tristeza, ao vazio de letras e sonhos, em cores desbotadas de uma vida na ausência da alma.

Também eu espero esse dia "inteiro e limpo" a que havemos de tornar, talvez pela poesia pura e nua...




Liberdade

Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria LIBERDADE.


Sophia de Mello Breyner Andresen

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Amor sem tempo





Hoje apetece-me...Ser
sentir o vento e o sonho
Entrar no teu mundo e viver

De frente para a vida
Olha-la nos olhos, assim
voltar ao principio, rendida
E encontra-me inteira em ti

Hoje quero ser a luz
o azul do mar , o azul do céu
Anjo doce que seduz
Amor sem tempo, teu e meu


Esta noite de magia
vou criar a minha história
mergulhada nos teus braços
Sem futuro nem memória




















quinta-feira, 2 de abril de 2009






Ausência

Num deserto sem água
Num país sem nome
Numa noite sem lua
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello Breyner